terça-feira, 18 de novembro de 2014


Recebi uma mensagem tua...estranhei - há tanto tempo nada dizes...o silêncio caracteriza-te.
"Amanhã vou a ********, gostava de te ver, tomar um café contigo"
"Olá...que bom saber de ti. Vem, estou cheio de saudades"
"chego por volta das 10. Tens disponibilidade?"
"sim...vem"

Atrasaste-te...como sempre. Mas chegaste.

O abraço foi longo, partilhado, comemorando a "disdistância"

Café saboroso...conversa para pôr em dia "tanto para contar...e as palavras não saem"..."sinto o mesmo...parece haver constrangimento"
Silêncio...mais algum silêncio.

Atrevo-me: "Não estou a gostar de estar aqui. Queres vir lá a casa?"
"Não sei se será boa ideia"
"Porquê?"
"Sabes bem!"
"Ok...foi só uma sugestão....ficamos"
silêncio...
"Não...leva-me a ver o mar"
Já no carro encostas-te ao meu ombro enquanto conduzo. O cruzamento está próximo. Segredas-me "leva-me para a tua casa...mas nada de ideias"

Chegados, faço-te um chá.
Ao teu lado sinto-me em paz.
Seguras-me a mão e dá-lhe um beijo. "Saudades desta pele..."
retribuo...tento abraçar-te....estranhamente não resistes...colo o meu corpo ao teu num sofá cúmplice de tantos passados.
estamos assim, sem pressas, e eu com a frase a martelar "...mas nada de ideias".

beijo-te a face...tantas vezes o fiz. Não resistes. Beijo-te a orelha (lembro o efeito que te provocava)...estremeces (ainda provoca...ui...)...procuras a minha mão....aperta-la.

afago-te a face....as bocas estão próximas...demasiado próximas...agora é tarde....tocam-se timidamente.... "...mas nada de ideias", lembro-me eu.

Paras. Ficas muito quieta...olhos fechados. Então, olhas-me fixamente e, num ápice, colas a boca na minha e sugas com sofreguidão...arqueias o corpo contra o meu....procuras algo que sabes que existe, mas não tens certeza de ser boa ideia.
Retribuo o presente da tua língua, saboreando-a, beijando-a, chupando-a como gosto e gostavas. A minha mão sente a pele das tuas costas...esgueirou-se por entre as calças e a blusa...as tuas nádegas, as tuas pernas. Afasto-te um pouco para poder sentir os seios lindos (és tão perfeita, mesmo com essa idade)...que aperto um pouco (não trazes soutien...ajuda bastante :) ).
Sinto-me grande nas calças. Roço-me em ti...insinuo-me, mostro-te como estou, mas tu não ligas.
Tento desabotoar as tuas calças...foges. "O que estás a fazer????" "Desculpa...foi o momento..."
Vais buscar um copo de água..."queres?" -"quero...bem preciso". Partilhamos o mesmo copo....sentas-te ao meu lado, e aninhas-te. A tua cabeça está perto...(será que ela faz questão?). Ficas assim algum tempo...e então beijas sobre as calças. Mexes o corpo...trepas para cima de mim. Tiras-me as calças...já estás sem a blusa. Mexes em mim...tiras os boxers ..."Devo estar louca...faz-me parar" - "faço...pára!" -"ui...agora é tarde"....saudades dessa boca no meu membro....latejante...resistindo ao orgasmo inevitável.

Tento tirar-te as calças...resistes...não o largas. "Assim venho-me...devagarinho, por favor". Nada dizes...e para piorar, aumentas a cadência...está tão difícil....e acontece. Nunca tinha vindo na tua boca...estavas à espera? Querias assim? Não sei...mas não paraste.
"Desculpa" -"porquê?" -"não te avisei...estava difícil prolongar" -"cala-te"

relaxei...estava a saborear o momento. Entretanto toca o teu telefone. Foste atender na cozinha...demoraste...não devias estar a gostar da conversa...respondias de forma irritada. Desligaste e ouvi um abafado "FODA-SE!!!"

"ESTÁ TUDO BEM?" -"Sim...só merdas do meu marido...estou pior que estragada"
-"Posso fazer algo?"
-"Podes. Fode-me agora...come-me. QUERO MUITO SER COMIDA POR TI"

Ereção enorme...tu deitada na minha cama lutando contra as calças encravadas no tornozelo. Tento acariciar-te..."Não...entra já!"
Vieste-te...não sei se de raiva, se de fome acumulada...mas tremeste logo à entrada. Temi que fosse o fim da festa...mas tomaste as rédeas da situação...montaste-me, exigiste-me...quase me magoas de tanta força nessa cona melada.

Vens-te de novo...eu também....

"Leva-me à estação...não devíamos ter feito isto"
"Não devíamos?"
"Deixa lá...claro que devíamos, e mais vezes. Eu queria MESMO comer-te, mas temia que não quisesses, ou arrepender-me."
"Vem sempre que queiras"
"Sempre?"
"Sim"
"tenho que comprar passe"
Rimos como há muito não fazíamos


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